Programa RAMA

RAMA fecha mais um semestre com bons números

4 de setembro de 2017

FLVs monitorados pelo programa crescem 12% e índice de conformidade, considerando toda a diversidade de amostras e culturas contempladas, também, chegando a 77%

rama

A quantidade de frutas, legumes e verduras (FLVs), sob o alcance do Programa de Rastreabilidade e Monitoramento de Alimentos (RAMA), cresceu 12% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2016. O RAMA visa garantir que os hortifrútis comercializados pelos supermercados atendam as especificações legais sobre o uso de defensivos na produção dessas culturas. De quebra, contribui para a melhoria contínua da qualidade dos produtos e de seu trânsito ao longo da cadeia de abastecimento.

Segundo os dados anunciados, no dia 24 de agosto, pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), entidade que concebeu e está à frente do RAMA, e pela PariPassu, responsável pela sua gestão técnica do programa, foram 618,4 mil toneladas de hortifrútis rastreados no primeiro semestre de 2017 e 542,5 mil no mesmo período em 2016.

“Os resultados positivos do RAMA se devem ao fato de ele congregar três atributos que, a meu ver, são essenciais para o sucesso de qualquer ação: educação, transparência e comunicação. No programa, nosso trabalho se guia por esses princípios. Estamos contribuindo para educar, paulatinamente, toda a cadeia, discutindo temas relevantes com muita transparência e comunicando, a todos, os aprendizados e resultados que temos obtido”, disse o superintendente da Abras, Marcio Milan.

A apresentação do balanço do RAMA, relativo ao primeiro semestre de 2017, ocorreu por meio de coletiva de imprensa realizada na Associação Paulista de Supermercados (Apas) e pouco antes do início do evento PMA Fresh Connections, organizado pelo Produce Marketing Association (PMA), entidade de comércio que representa empresas da cadeia de hortifrúti em todo mundo.

Amostra representativa Para mostrar a representatividade da amostra do RAMA, o sócio e diretor da PariPassu, Giampaolo Buso, salientou que as empresas varejistas que fazem parte do programa — cuja a adesão é voluntária, vale lembrar — e que compram os produtos rastreados somam receita anual de R$ 70,4 bilhões, cerca de 21% do faturamento de todo o setor supermercadista em 2016. Em lojas, está-se falando de mais de 800 unidades, cuja operação mobiliza 146 mil trabalhadores, diretamente empregados.

“Considerando os últimos quatro anos, os FLVs elevaram de 6,4% para 9,1% sua importância nas vendas dos supermercados brasileiros”, afirmou Buso, segundo quem, também, em 2016, as empresas que fazem parte do RAMA extraíram, dos hortifrútis, parcela mais significativa de suas vendas (10,5%) do que a média das companhias do setor. “É interessante, ainda, ver como as empresas que têm maior participação do FLV em suas vendas elevaram seus faturamentos globais acima da média [12,2% contra 7,3%].” Não sem razão, completa Marcio Milan, 79% das empresas do Ranking Abras/SuperHiper consideram a seção de FLV muito importante para seu lucro. Conforme e inconforme Tão importante quanto a quantidade de hortifrútis rastreados e analisados pelo programa são o resultado das análises e a evolução da qualidade dos itens e, nesse sentido, o RAMA também traz boas notícias. Mesmo aumentando consideravelmente a amostra semestre a semestre, o índice de conformidade saiu de 63% no primeiro semestre de 2014 para 77% no mesmo período deste ano.

De acordo com Milan e Buso, esse resultado é fruto da maior integração entre os elos cadeia, proporcionada pelo desenvolvimento do programa que, hoje, monitora produtos em quase todo o Brasil. Por meio do RAMA, identifica-se em quais regiões as amostras dos produtos apresentam mais problemas e, a partir desse dado, levanta-se a origem e se faz o caminho do FLV, de trás para frente, para ver o que pode e precisa ser melhorado para impedir novas inconformidades.

“O trabalho é de toda a cadeia de abastecimento. Quando se fala em inconformidade, não necessariamente significa que haja produtos com excesso de defensivos. Um produto também é considerado inconforme quando o defensivo usado não foi catalogado pelos órgãos públicos competentes ligados ao Mapa [Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento]”, diz Milan.

Nesse caso, muitas vezes, o produtor usa defensivos mais modernos e mais seguros que outros, mas, por não estarem catalogados, o uso não é autorizado. “Por isso, o trabalho do Mapa é muito importante para melhorar os resultados do RAMA a partir do momento que aumenta o número de registros de novos defensivos.” Na lista de produtos monitorados pelo programa, no primeiro semestre de 2017, Buso destaca os tomates, bananas, uvas, alfaces, pimentões e cenouras, que somaram mais de 100 amostras em todo o País, enfatizando que, muitas dessas culturas, que já foram as mais problemáticas do País, cada vez mais mostram números positivos, ou seja, em conformidade.

Fonte: Revista SuperHiper edição Agosto/2017

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