Programa RAMA

Controle da qualidade de alimentos hortifrutigranjeiros cresce 23%

4 de março de 2017

Presente em doze redes de supermercados do Sergipe, nas cidades de Aracaju, Estância, Nossa Senhora do Socorro, Nossa Senhora da Gloria, Capela, Itaporanga d’Ajuda e Itabaiana, o Programa de Rastreabilidade e Monitoramento de Alimentos (RAMA) tem como principal objetivo monitorar alimentos hortifrutigranjeiros com níveis de agrotóxicos não permitidos. De acordo com balanço divulgado dia 22 de fevereiro pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), promotora do programa, em 2016 foram rastreadas 1,244 milhão de toneladas de Frutas, Legumes e Verduras (FLV), segundo a PariPassu, empresa que faz a gestão técnica do RAMA. Um crescimento de 23,6% no volume, em comparação com o mesmo período em 2015, quando foram registradas 1,006 milhão de toneladas.

Lançado em 2011, o Programa RAMA monitora e rastreia, no Brasil, uma média mensal de 104 mil toneladas de frutas, legumes e verduras. De abrangência nacional, o programa conta hoje com a participação de 44 varejos (que representam 20,5% das vendas totais de FLV comercializados pelo setor no Brasil).

Durante todo o ano de 2016, o RAMA registrou um índice de conformidade da ordem de 73%, apresentando melhora em relação ao mesmo período de 2015, que registrou 66%. As inconformidades se relacionam ao Limite Máximo de Resíduos (LMR), ingredientes Não Autorizados (NA), uma combinação dos dois (LMR+NA) e os ingredientes proibidos, seguindo nomenclatura utilizada pelo Programa de Análises de Resíduos em Alimentos (PARA), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No RAMA, 3% dos resultados de 2016 estão acima do LMR, de acordo com a PariPassu. Promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) em parceria a Associação Catarinense de Supermercados (ACATS), Associação de Supermercados do Rio Grande do Norte (ASSURN) e a Associação Sergipana de Supermercados (ASES), o RAMA é fundamental para conscientizar produtores, distribuidores e varejistas na promoção do consumo de alimentos hortifrutigranjeiros seguros.

Fortalecimento do programa em Sergipe

O Supermercado Feirão da Economia, localizado em Nossa Senhora do Socorro, aderiu ao Rama logo que o empresário Francisco Firmino Albuquerque assumiu a presidência da Ases em 2016. “O rastreamento é mais um serviço ofertado aos nossos clientes. Serviço esse que, além de informar a origem dos alimentos, garante a qualidade dos FLV’s comercializados. Rastrear é um caminho sem volta e que deve ser feito por todas as lojas. Enquanto presidente da ASES, estamos trabalhando para que todas as redes associadas façam o rastreamento”, afirmou Francisco.

Para o ex-presidente e introdutor do programa em Sergipe, João Luiz Oliveira, atual delegado junto à ABRAS, o rastreamento de alimentos é um caminho que está apenas no início, mas que precisa do apoio de todas as estaduais para poder se desenvolver ainda mais e melhor. “Apesar de pequeno, o estado de Sergipe despontou logo no início do programa. Fomos o terceiro estado a fazer parte do programa e com três anos de atuação já temos 12 varejos participantes, mas é preciso que todos os supermercados participem”, detalhou João.

Além de instruir os varejos a participarem do programa, a ASES promove eventos que visam incentivar e qualificar os participantes. Em 2014, em ação conjunta com a Secretaria de Saúde, através da Diretoria Estadual de Vigilância Sanitária (DIVISA), foi realizado o “V Seminário de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos e Alternativas Agroecológicas de Produção”, que, entre outros temas, abordou o uso correto de defensivos agrícolas e o Programa de Rastreabilidade.

Já em 2015, a ASES realizou em Itabaiana o curso “Boas práticas agrícolas e o uso consciente de agrotóxicos” voltado para produtores e distribuidores, que mostrou os perigos e prejuízos causados através do uso irregular de agrotóxicos em frutas, legumes e verduras. Na oportunidade, disseminou as Boas Práticas Agrícolas e apresentou a cadeia de rastreamento e monitoramento de alimentos.

O último ano foi focado em inserir novos varejos no programa. Saltando de cinco para doze redes participantes. “O RAMA para nós é uma questão de saúde pública, pois com o rastreamento de alimentos evitamos que nossos clientes consumam produtos fora das normas de saúde definidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária”, conclui João Luiz.

Para o diretor comercial da PariPassu, Giampaolo Buso, o RAMA é uma oportunidade em nível nacional de mostrar o esforço das empresas em entregar um alimento seguro e com qualidade ao consumidor. "O programa é uma referência em rastreabilidade de alimentos. Utilizamos os melhores profissionais e as melhores tecnologias. A conscientização sobre a importância do RAMA é fundamental para ampliarmos nossa abrangência", ressaltou.

Fonte: Ases

Balanço RAMA

Confira os resultados do balanço do Programa RAMA